sábado, 10 de julho de 2010

SEÇÃO CULTURA PRA CUSPIR NA ESTRUTURA: BERRO D’ÁGUA - O ESPETÁCULO!

Por Celly Grapiuna


O Centro de Cultura Adonias Filho traz hoje, às 19h e 30min. em seu ultimo dia de apresentação, o espetáculo Berro D’Água, sob a direção de Jorge Batista e adaptação de Ulisses Prudente. Baseada na famosa obra de Jorge Amado, a peça reconta, de maneira poética, sensível e bem humorada, a saga do pacato Joaquim, que, cansado do cotidiano que o aflige, decide entregar-se à vida boêmia transformando-se em Quincas, aclamado entre os vagabundos, jogadores e prostitutas do baixo meretrício soteropolitano. Artistas como Adrian Greyce, Aldenor Garcia, Lucas Oliveira e Silvia Smith formam o elenco do espetáculo.


Em tempos de acentuada escassez cultural na famigerada Terra Grapiuna, torna-se não apenas válida, mas honrada, a iniciativa de particulares que tentam abrilhantar as caladas e tímidas noites de Itabuna, cada vez mais apagadas e sem movimento. Em pleno ano de centenário, a já idosa cidade ainda não aprendeu a entreter seu povo, que se contenta apenas com o pão (quando se tem), ignorando o sempre revigorante circo. Em termos de diversão, cultura e entretenimento, nada é oferecido por que nada é reclamado, exigido. Saiamos da rotina impregnada pela televisão e apreciemos o bom da arte. Se não por cultura e entretenimento, que seja então por um ato de rebeldia.


Ficha Técnica

Texto: Jorge Amado
Adaptação: Ulisses Prudente
Direção: Jorge Batista
Direção Musical: Valmário Bernardes
Elenco: Adrian Greyce
Aldenor Garcia
Lucas Oliveira
Silvia Smith
Músico: Carlos Zoião
Movimentação Coreográfica: Railda Prudente
Preparador de Capoeira: Carlos Zoião
Cenário: Jorge Batista
Pintura de Cenário: Mica San
Figurino: Jorge Batista
Costureira: Jeane
Luz: Marluce Lima
Designer Gráfica: Kaula Cordier
Realização: Grupo Vozes
Coordenação: Iara Lima


*Celly Grapiuna é graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz

Um comentário:

  1. A poucos dias levei minha família para participar de uma seção em um circo que acabara de se instalar em Itabuna, e percebi que embora chovesse e diante de tanta lama, as pessoas não arredavam o pé do local. Isso me faz refletir como Itabuna é carente de entretenimento. As vezes olho para a praça recem reformada cheia de gente, e ao mesmo tempo vazia. Temos tantos artistas grapíunas esquecidos que poderia dar um pouco de vida nas tardes de fim de semana. Governantes vamos completar 100 anos... acordem!

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