quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ILHÉUS, O TRISTE “MEIO”

Ilhéus, beleza desperdiçada...

Com uma rede hoteleira relativamente boa, atrativos históricos e culturais relevantes, uma das faixas litorâneas mais belas e acessíveis do Brasil e, apesar da precariedade, provida de porto e aeroporto, Ilhéus não consegue segurar o turista que passa pela cidade.

Todos os dias, centenas de pessoas vindas dos mais diversos pontos do país e do exterior desembarcam no Aeroporto Jorge Amado. Isso, sem falar naqueles que chegam de ônibus ou embarcações. O grande problema é, ninguém fica na cidade, Ilhéus se tornou um entreposto turístico.

A falta de estrutura física, a precária rede de entretenimento (se é que existe alguma), associados à deficiente capacidade de atendimento direto ao turista (mão de obra ineficiente), faz com que o visitante use o município como zona de escoamento para as cidades vizinhas, e de menor porte, diga-se de passagem, como Itacaré e Una.

Até quando os gestores públicos ilheenses permanecerão de braços cruzados ou mantendo discussões imbecis a respeito de assuntos irrelevantes, enquanto a cidade vai ficando cada vez menos atrativa? Até quando a população permanecerá assistindo essas mesmas imbecilidades de modo passivo, como se nada disso lhe coubesse, à espera duma intervenção divina?

Um bom exemplo dessa divagação coletiva pode ser visto quando o assunto é o Complexo Porto Sul. Pelo que se percebe a população já está esperando a majestosa tacada política, quando o complexo será implantado e todos os cidadãos serão beneficiados com emprego e renda.

E enquanto o tempo passa, passa também o turista. O visitante chega, olha os quatro cantos da cidade, e segue para algum município vizinho. Com isso, Ilhéus, que teria grandes possibilidades de ser o destino de boa parte dos turistas de verão desse país, deixa de ser o fim pra se tornar o “meio”...

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